28 setembro 2006

Cia de Teatro Lua estréia AS ANJAS no teatro SESC Emiliano Queiroz

Depois do sucesso de As Bondosas, a Cia. de Teatro Lua vem com "As Anjas" inquietar o público e tudo


Seis mulheres e um segredo. No passado, Afonsina, Constança, Eulália, Amélia, Deise e Angelina formaram um grupo secreto que ficou conhecido como “As Anjas”. Unidas em torno de um objetivo comum, curtir a liberdade a qualquer custo, o grupo teve a carreira encerrada prematuramente por um terrível acontecimento. Hoje, vinte e cinco anos depois, em uma casa abandonada, “As Anjas” serão reunidas novamente por um misterioso anfitrião, um fantasma do passado que voltou para acertar as contas definitivamente. O reencontro traz à tona antigos medos, emoções e conflitos. Cara a cara com seus erros e pecados, “As Anjas” terão que escolher entre a culpa que carregam e a própria vida. Uma história sobre crime e castigo, medo e arrependimento; sobre como nossas escolhas podem determinar o nosso destino... ou a ausência dele.


Na verdade, o que importa não é bem o segredo que elas carregaram por vinte e cinco anos, mas o que esse peso (culpa) fez com elas. Mais uma vez, a Cia de Teatro Lua vai buscar no existencialismo a base filosófica de sua estética “claustrófoba”. Os personagens não estão presos apenas na casa misteriosa, mas em si mesmos, na culpa que carregam e com a qual não conseguem lidar. Todo o esforço d’”As Anjas” para fugir da conseqüência de seus atos é jogado por terra em face das outras. Do ponto de vista técnico, o cenário, a luz e o figurino contribuem para essa atmosfera de aprisionamento, sem, no entanto, sacrificar a comédia, que se impõe desde a primeira cena. As Anjas

FICHA TÉCNICA

Texto e Direção: Ueliton Rocon Elenco: Marconi Basílio, Alcântara Costa, Roberto Maur, Lucas Sancho, Potyguara Alencar e Mirelle Freitas

Figurinos e Adereços: Cristina Fontenele

Sonoplastia e Cenário: Ueliton Rocon Operação de Som: Daniela de Lavor, Jerusa Nascimento

Iluminação: Valdeci Bezerra

Operação de Luz: Jorge Luis Viana, Valdeci Bezerra, Ueliton Rocon

Execução do Cenário: Majela Neto, Valdeci Bezerra, Elzie Neyle Maquiagem,

Contra-regragem e Assistência de Produção: Cia Lua

Programação Visual: Lucas Sancho

Vídeo: Francisco Alves

Fotos: Sidney Malveira

Produção Executiva: Ueliton Rocon, Roberto Maur e Lucas Sancho

Uma produção da Cia de Teatro Lua, dirigida por Ueliton Rocon

Teatro SESC Emiliano Queiroz Av. Duque de Caxias, 1701 - Centro de Fortaleza

temporada segue nas sextas-feiras até 17 de novembro, sempre às 20h , info: (85)9627-8229, 3226-4597 e 3452-9000 (teatro)

26 setembro 2006

70 anos do Maracatu Az de Ouro
Teatro José de Alencar
20:00 - Palco Principal
Ceará em Cena
O Az de Ouro foi fundado em 1936 pelo tecelão cearense Raimundo Alves Feitosa. “Boca Aberta”, como era conhecido, voltou de Recife – onde trabalhara por três anos – com a idéia de criar o seu próprio maracatu. No Carnaval de 1937, em Fortaleza, o Az de Ouro desfilaria na avenida Domingos Olímpio com 42 participantes, usando adereços de morim e renda, costurados pela irmã de Feitosa e pelo alfaiate, e também fundador, Raimundo Nêgo. Durante décadas, o grupo Az de Ouro saiu apenas com homens. Dessa forma, os homens, não obstante o preconceito, travestiam-se para representar personagens femininos. Atualmente, homens e mulheres participam dos desfiles.
Gratuito

18 setembro 2006

AÇUDE DO CEDRO
O açude do Cedro é o mais antigo do Brasil. Sua construção foi iniciada por D. Pedro II em 1873 sendo inaugurado somente em 1906 pelo presidente Afonso Pena. O reservatório é tombado como patrimônio histórico da humanidade. Tem capacidade para 125.694.200 m3 com uma profundidade máxima de 16 metros e uma bacia hidrográfica de 210 km2. Além da parede do açude feita artesanalmente, no local, pode ser apreciada a pedra da Galinha Choca que tem o formato parecido com a ave. No Cedro, aventureiros costumam praticar rappel e fazer trilhas pelas Pedras, inclusive até o topo da Galinha Choca.
O sofrimento dos nordestinos na terrível seca de 1877 sensibilizou o Imperador Pedro II que resolveu elaborar um programa que não fosse de caráter emergencial, visando combater os efeitos das grandes estiagens. A opção lógica foi a construção de açudes para armazenar a maior quantidade de água possível e implantar um sistema de irrigação eficiente. O engenheiro Antonio Lacasse Cunha, escolheu o Boqueirão do Cedro, indicado pelo quixadaense José Jucá de Queiroz Lima, como local para a construção do primeiro açude público do Brasil . Dr. Jules Jean Revy, engenheiro inglês, foi encarregado da construção que teve início em 1884. Trabalharam ainda na construção de obras os engenheiros: Urico Mursa, José Bento da Cunha Figueiredo e Bernardo Piquet Carneiro que concluiu a barragem e os canais de irrigação. Durante 22 anos que durou a construção do Açude do Cedro, houve 09 secas. Em 1906, ano da conclusão da barragem, a obra foi visitada pelo Presidente da República Dr. Afonso Pena, que considerou exorbitante a importância de 4.650.895.000 gastos na obra . Visitaram o Açude do Cedro, ainda como Presidente do país, Dr. Washington Luiz e Getúlio Vargas.















11 setembro 2006

JUAZEIRO DO NORTE
A 600 Km de Fortaleza fica Juazeiro do Norte, cidade do Padre Cícero Romão (o padim Ciço)plantada em pleno Cariri.Juazeiro do Norte é a segunda maior cidade do Ceará só perdendo para Fortaleza. Em 1872 era apenas um arraial com algumas poucas casas de tijolo e uma rústica capela. No dia 11 de Abril daquele ano, cavalgando num jumento, como um nazareno sertanejo, o Padre Cícero Romão Batista entrou em Juazeiro e, deste dia em diante, nem Juazeiro e nem o seminarista seriam o mesmo.

Segundo dados da prefeitura local- que admite não ter um controle absoluto sobre o número de pessoas que visitam a cidade anualmente- em um ano aproximadamente dois milhões de romeiros visitaram o túmulo de padre Cícero.
Juazeiro vive à sombra do romeiro. Suas indústrias,prédios modernos, progresso e até um estádio de futebol (o Romeirão) estão intrinsecamente ligados à presença do romeiro.
O artesanato é uma das maiores atividades de Juazeiro. Fazem-se imagens do padre em diversos tamanhos, desde miniaturas até o tamanho natural. Graças ao padre Cícero é que existe trabalho para muita gente da região.
A grandiosidade do milagreiro
Como a cidade respira a imagem do mito, as atrações e pontos turísticos de Juazeiro são homenagens ao santo. Para começar o seu tour pela cidade, visite a Estátua do Padre Cícero na Serra do Horto. Ela é a terceira maior obra de concreto do mundo, com 27 m de altura, só ficando atrás da Estátua da Liberdade, em New York e do Cristo Redentor, no Rio de Janeiro. Construída em 1969 pelo artista plástico Armando Lacerda, ela foi erguida no local onde o "Padim" gostava de fazer retiros espirituais.
Resquícios do padre Cícero
Depois de visitar a gigantesca reprodução do padre, conheça o último lugar onde ele morou e que se transformou no Museu do Padre Cícero (88 511-2876). Aqui, estão guardadas e expostas as batinas, oratórios, imagens sacras, chapéus, óculos, livros e muitos objetos do padre. E, para saber mais sobre este nordestino que trouxe a fé para o nordeste, nada melhor do que uma visita ao Memorial do Padre Cícero (88 512-5219/512-2240), onde você encontra uma biblioteca, fotos de época e assiste a seminários sobre a vida do "Padim".
As imagens da cura
Se você acha toda essa adoração pelo padre um pouco de exagero, é porque ainda não conhece a Casa dos Milagres, na Praça do Socorro, a prova real das curas e da devoção. Nela, estão centenas de agradecimentos por graças alcançadas, representadas através de membros em gesso, como pés, pernas e braços, significando o local onde se deu o milagre da cura através da fé no santo. De lá, prepare seu fôlego e siga para a Colina do Horto. Para chegar nesta réplica nordestina do santo sepulcro de Jerusalém, você terá de fazer uma caminhada de 2 km.
Depois da peregrinação, mais um pouco de religiosidade, agora na bela Igreja Matriz Nossa Senhora das Dores (88 511-2202), com fachada azul e branca. Ela é o "point" dos beatos e o centro de todas as romarias que acontecem na cidade, chegando a receber 2 milhões de fiéis por ano. No altar, você encontra a imagem de N. S. das Dores que o padre Cícero mandou trazer da França.

Um santo de muitos altares
Outra parada obrigatória nesta viagem pela devoção é a Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, construída em 1908, na Praça do Socorro. Aqui, está sepultado o corpo de Padre Cícero, motivo das missas diárias em sua homenagem e outro grande ponto de concentração de romeiros e devotos, que se vestem de preto a cada dia 20, todos os meses, pois o santo morreu neste dia.
Em Juazeiro, nada se compara à grandiosidade dos santuários. O mais curioso é o de São Francisco (88 511-1332), todo em rosa choque. Construído na década de 50 e com a decoração da época, ele abriga 30 mil pessoas e é considerado o maior conjunto religioso do norte e nordeste. O outro santuário é o do Sagrado Coração de Jesus (88 511-2518), em estilo neoclássico.

A santa ceia dos romeiros e visitantes
Entre uma igreja e um templo, pare para uma romaria gastronômica. Para não errar, prefira um restaurante que sirva comida variada, como o Restô Jardim (88 532-1495), que serve um delicioso filé ao molho de vinho, com arroz, batatas e salada. Outra opção é o Cheiro Verde (88 511-2643), que oferece desde uma suculenta lagosta até um básico filé grelhado com molho madeira. Para os que não conseguirem resistir a comida regional de Juazeiro o restaurante Capote, na Rua José Capote dos Santos, 83 é um parque de diversões culinário.
Compras sagradas
Depois da sua santa ceia na cidade da fé, a hora é de comprar lembranças de Juazeiro. Aqui, o comércio de objetos religiosos é o que move a economia local. Não deixe de pedir para embrulharem os terços, fitas, velas, imagens de vários santos e principalmente as do Padre Cícero, as mais procuradas. Isso tudo sem falar no artesanato rico em couro, cestarias e utensílios de madeira. Eles estão no Mercado Central, na Rua São Paulo e no Núcleo de Arte Popular Mestre Noza (88/512-3773), que vende irresistíveis roupas de couro, esculturas e cerâmicas. Outra boa pedida é procurar a literatura de cordel na Rua Santa Luzia, 263.
Este oásis religioso do nordeste, situado no Vale do Cariri, se transformou na maior cidade do interior cearense tendo o menor município do Estado. Juazeiro, que significa "fruto de espinho" e também dá nome a uma árvore tipicamente nordestina, é a mais nítida expressão da devoção do povo brasileiro. Aqui, a religiosidade parece se revelar com o sofrimento proveniente da pobreza. A humildade acentua a fé e perpetua os poderes do padre. Para este povo acostumado aos sacrifícios e orgulhosos da devoção extremada, a cidade é santuário, confessionário, templo e altar do milagreiro, o padre Cícero, o santo eleito pelo povo e para o povo.

05 setembro 2006

Coleção Outras Histórias

A Coleção Outras Histórias é um projeto editorial do Museu do Ceará, iniciado em janeiro de 2001, que busca incentivar o interesse do público pelo conhecimento e pela reflexão sobre dimensões variadas de nossa história.

Movida por um senso de responsabilidade institucional em fomentar um espaço de discussão em linguagem acessível, sem prejuízo do rigor acadêmico, a coleção assume e reitera o compromisso do Museu com uma prática educativa voltada à construção do juízo crítico.

A multiplicidade de abordagens e objetos de investigação em Outras Histórias encontra-se, para fins de sistematização e organicidade, em três núcleos temáticos: estudos de cultura material, especialmente direcionados para o acervo da instituição; pesquisas no âmbito do conhecimento histórico, ou de áreas afins, relevantes para melhor compreensão do referido acervo; publicação comentada de documentos inéditos, de modo a promover a divulgação de vestígios e testemunhos que possam servir de subsídio a trabalhos futuros.

Atualmente a Coleção Outras Histórias conta com 31 volumes.